Pastilhas de freio: você sabe qual comprar?


Para garantir a manutenção em dia, saiba qual modelo comprar e qual a hora certa de trocar
Com tantos modelos disponíveis no mercado, escolher e comprar o tipo ideal de pastilhas de freio para a motocicleta pode parecer tarefa difícil, porque a maior parte dos motociclistas não sabe que o modelo de pastilha varia com modelo e cilindrada da motocicleta.

Para o proprietário da RCA Flexíveis de Freios e Motopeças, Renato Romano, que trabalha há cinco anos com pastilhas, problemas com freios são as principais causas de acidentes no trânsito envolvendo motos. “São os itens que garantem a segurança do piloto. Sem as pastilhas de freios funcionando, a probabilidade de acontecer um acidente é muito maior, isso vale para qualquer transporte”, alerta.

Mas, outra coisa que deixa o motociclista na dúvida é o momento certo de trocar as pastilhas e, para isso, Romano dá algumas orientações. “Cada modelo e marca tem uma duração, não tem como estipular um prazo padrão. Mas, no geral, o motociclista deve ficar atento ao cheiro e ao barulho da frenagem no asfalto. Se o cheiro e o ruído estiverem fortes é preciso trocar imediatamente as pastilhas”, diz.

Além do aspecto físico, quando a troca da pastilha for necessária, o motociclista deve observar também a qualidade e a garantia oferecida pelo fabricante e/ou revendedor para não cair em uma armadilha, e deve sempre optar em fazer a troca do item em uma mecânica. “É aquela velha história, se o serviço é feito em casa qual a garantia que se tem? Além do mais, se o mecânico for de confiança nem vai cobrar a troca das pastilhas”, comenta Romano.

Com o objetivo de orientar o motociclista por qual tipo optar na hora da compra, a Revista Mundo Moto, junto com a RCA, listou todos os modelos de pastilhas disponíveis no mercado de motopeças. Lembrando que os preços variam de R$29,30 à R$129,90. Confira!

Orgânica: feitas a base de celulose e resina fenólica. Desgastam pouco o disco de freio, são baratas e quase não produzem barulho. Por outro lado, desgastam-se mais rápido e se degeneram sob alta temperatura. São mais indicadas para uso urbano e em motos de pequena cilindrada. São as mais comuns no mercado. Lembrando que esta linha está sendo substituída pela semi-metálica.

Semi-Metálica (ou ‘organometálica’): estas pastilhas são feitas de latão, bronze e/ou alumínios e são ideais para o uso no dia-a-dia de motos pequenas e médias (50 a 200 cc.). Em relação às orgânicas, tem custo pouca coisa superior, que é compensado pela maior durabilidade, eficiência e sensibilidade sem que gerem desgaste no disco de freio. A maioria das motos saem de fábrica com este tipo de pastilha, além de motos maiores também utilizarem, como alguns modelos de Harley- Davidson.

Metálica (também ‘organometálica’): São parentes das semi-metálicas, com maior carga de pó metálico, que melhora o poder de frenagem, sem prejudicar o disco de freio. Praticamente todas as motos modernas médias e grandes utilizam este modelo, que em relação às semi-metálicas, tem maior vida útil, recuperam-se mais rapidamente após molhadas e trazem ao motociclista frenagens mais progressivas e consistentes. O custo é médio e também é indicada para o off-road leve.

Sinterizada: feitas de uma mistura de metais em pó, como cobre, alumínio, latão, bronze e outros metais, estas pastilhas são moldadas em alta temperatura e pressão de forma a torná-la um bloco duro. Traz resistência ao desgaste e tem ótimo funcionamento no molhado, porém, acelera o desgaste do freio, demora no aquecimento e tem preço alto. Este modelo é a tendência da indústria motociclística de alto desempenho e ideal para o uso off-road.

S-Sinter: estas pastilhas, exclusividade da marca Fischer, trabalham bem desde frias e são menos agressivas ao disco de freio que uma sinterizada, por exemplo. Já são usadas pelas melhores equipes brasileiras de enduro, rally e motocross com excelentes resultados. Além disso, são ideais para uso em quadriciclos.

Carbono: criada para a indústria da aviação, agora já está disponível para carros e motos de passeio. Estas pastilhas oferecem linearidade na frenagem e suportam altas temperaturas, ideal para o freio traseiro das motocicletas. Tem ótima durabilidade e não desgasta o disco de freio. Como tudo tem seu preço, elas são construídas com uma camada de isolante térmico e, por isso, é recomendável usar fluido de freio DOT 5.1.

Cerâmica: além de não sujar a pinça de freio e a roda com fuligem, este material proporciona grande potência de frenagem (mas com menor linearidade que a de carbono) e alta durabilidade da pastilha com o mesmo desgaste do disco de freio oferecido pelas organometálicas. Assim como a de carbono, esta pastilha gera muito calor na pinça de freio e tem um escudo térmico no seu verso. Também é recomendável usar fluido de freio DOT 5.1.


Fonte: Mundo moto